Nilo Cairo
Achyranthes calea
Autor: Sr Nilo Cairo
Obra: Guia de Medicina Homeopática
Resumo do trabalho do Dr. Luiz R. Salinas Ramos em Revista Homeopatia, da Escala Nacional de Medicina Homeopática do México, número de março e abril de 1939.
Sinonímia:
Irecine celosioidies — Tlatlanayayerba da Tabardillo de Paebla — Tascuaya. Planta que vegeta em diversos estados mexicanos. Experimentação homeopática feita pelo Dr. Manuel M. de Legorreta. É usada vulgarmente no México como diaforético e febrífugo. A população indígena a emprega contra tifo, paratifo, etc. Constituição e temperamento: Indivíduos sanguíneos de cor morena e cabelos negros.
Mente:
Achyranthes calea para prostração, quietude e estupor. Apatia. Não fala mais do que o necessário, repentinamente parece que desperta, pergunta pelo seu estado de saúde, pede que o cubram com todas as roupas da cama, apesar do calor sufocante de que se queixa e volta ao estado da apatia anterior. Grande depressão moral. Desconfia que está com tifo. Medo da escuridão e aversão pela grande luminosidade. Desejo de companhia constante.
Cabeça:
Cefalalgia frontal aguda, congestiva, com sensação de ruido estranho dentro da cabeça e batidas constantes das artérias temporais. Calor seco e ardente. Desejo de que lhe apertem a cabeça com uma faixa ou lenço. Face: Avermelhada, como se tivesse sido queimada pelo sol.
Olhos e visão:
Olhos brilhantes. Fotofobia. Sensação de areia nos olhos. Corrimento com edema e esclerótica injetada, melhorada pela pressão sobre o globo ocular.
Nariz e olfato:
Obstrução e dor. Pequenas epistaxes, principalmente à esquerda, quando assoa o nariz.
Boca:
Seca e ardente. Sede de água fresca, que não satisfaz. Desconfia que a água está suja. Boca aberta devida à dor nos masseteres.
Garganta e voz:
Deglutição continuada para umedecer a garganta com saliva.
Orelhas e audição:
Parece que o cerume impede a audição. Hipersensibilidade. Pavilhão da orelha vermelho e brilhante.
Estômago:
Plenitude. Aversão pelos alimentos sólidos porque aumentam a sede.
Abdome:
Sensação de inflamação.
Reto e ânus:
Não há desejo de evacuar.
Rins e urina:
Tenesmo vesical e ardor na uretra. Urina emitida aos poucos e comardência. Pelo repouso a urina deixa um depósito avermelhado.
Órgãos sexuais masculinos:
Flacidez e calor.
Órgãos sexuais femininos:
Secura da mucosa. Quanto tem regras há alívio do estado geral.
Aparelho respiratório:
Respiração curta e ruidosa. Ao sentar-se, grande opressão no peito e dispneia. Sensação de o diafragma estar machucado. Tosse ligeira.
Aparelho circulatório:
Pulso violento, forte e isócrono com os batimentos cardíacos.
Peito e dorso:
Opressão. Dores musculares nas regiões mamaria, epigástrica e nos espaços intercostais.
Extremidades:
Dores reumáticas nos músculos e sensação de “corpo moído”.
Pele:
Seca e ardente.
Febre:
Achyranthes calea é indocado para febre de 38º a 41º, constante e prolongada. Calafrios ao menor movimento.
Agravacão:
Movimento e luz. Umidade e mudanças atmosféricas.
Melhora:
Pressão, micção e diaforese.
Terapêutica:
Nas febres prolongadas. Resfriados por mudança atmosférica.Febres gástricas. Paludismo. Tifo e paratifo com perturbações cerebrais. Reumatismo muscular; torcicolo e lumbago provocados por resfriados. Usado em baixa dinamização é um excelente diaforético.
Relações:
Aconit. nap., Bryonia alba, Arsen. album., Rhus tox., Hoitzi coccinea e Rajania subsaneata.
Antídotos:
Vinagre e café. O seu abuso é combatido por Ars. alb. e Carb. veg.
Dose:
Da tint.-mãe à 6.ª.