Casali
Hydrocyanicum Acidum
Autores: V. W.D.Casali, F. M.C.Andrade, E. S.M.Duarte
Livro: Acologia de Altas Diluições
A preparação básica é feita com o ácido cianídrico ou ácido prússico. Uma das mais tóxicas substâncias conhecidas.
Dentre os sintomas de intoxicação se destacam:
a) Paralisia mortífera dos centros nervosos, da respiração e do coração.
b) Hálito cheirando amêndoa.
c) Sensação de calor na garganta e no estômago.
d) Salivação excessiva e enjoo.
e) Fraqueza do coração, respiração lenta, frialdade (mãos e pés). Desmaio, estado de coma e óbito.
Palavra chave:
Paralisia, convulsões. Animais ervados.
Tropismo Homeopático:
Sistema nervoso.
Patogenesia
Sinais Funcionais:
Congestão cerebral bulbar e medular causando espasmos e convulsões. Fraqueza do coração, cianose, frialdade e algidez.Hipoestesia sensorial, perdas do campo visual. Colapso do organismo.
Sinais de Exaltação
Sensações:
Constrição no peito, queimadura da mucosa respiratória, frialdade no coração, frialdade nos dedos/mãos/pés, zumbido no estômago, desmaio (começando pelo estômago), cérebro em fogo.
Sinais Mentais:
Perda da consciência. Delírios violentos. Imagina situações de temor.
Sinais Gerais:
Sonhos pavorosos com: cavalos, casas, objetos em movimento. Maxilares cerrados em espasmo. Espuma na boca. Face pálida, lábios azulados. Respiração agitada. Sonolência irresistível.
Sinais Físicos:
Dor de cabeça estonteante. Pupilas com grande dilatação. Pupilas paradas. Dor nevrálgica sobre a órbita ocular com congestão no local. Dor no estômago, língua com frialdade, fraqueza no estômago. Dores pulsáteis ao redor do coração. Tosse: seca, sufocante, espasmódica. Paralisia do pulmão. Cianose. Palpitações cardíacas violentas. Frialdade: dedos, mãos, pés. Dor intolerável no peito. Durante o sono tem tremor, bocejo, sonhos vívidos incoerentes.
Indicações
Quadros Comuns:
A) Convulsões (5 a 9CH) – Congestão no cérebro. Espasmos repentinos e fortes (locais ou gerais), pele fria, arroxeamento da face e da pele (mãos e pés). Coração com batimentos fracos, pulso rápido mas fraco. Desmaio, nuca com espasmo ou dura, olhos imobilizados e fixos. Espasmo do intestino, soluço com dores, espasmo respiratório (constrição no peito, queimação, tosse com sufoco), espasmo cardíaco (pressão, palpitações, dores), espasmo do esôfago. Após a crise fica furioso e diz palavras sem sentido.
B) Asfixia e Colapso – Prostração repentina, cianose da face e das mãos/pés (com destaque nas unhas), frialdade do corpo, respiração lenta, coração fraco, sonolência, frialdade no coração, tórax oprimido, desmaio.
C) Paralisia (7 a 30CH) – Os sintomas de convulsão ou asfixia podem ser acompanhados de: insensibilidade dos olhos à luz, paralisia, dor de cabeça, confusão mental, micção e defecação (involuntárias).
Quadros Diversos:
Epilepsia (6CH ou 5CH quatro vezes/dia). Pânico, medo de tudo, coqueluche, asma, convulsões, tétano, dispneia. Vazio estomacal (na menopausa). Cólera asiática. Colapso. Uremia convulsiva.
Quadros Animais:
Intoxicações com carrapaticidas/bernicidas, plantas tóxicas.
Dinamizações:
5 a 12CH, 30CH, 100 ou 200C.
Proximidade:
Cicuta, Oenanthe, Camphora, Laurocerasus
Outras Denominações:
Hydrocyanic acidum, Acidum borussicum, Acidum zooticum, Prussicum acid.
Phatak
Hydrocyanicum Acidum
Autor: Dr. S. R. Phatak
Obra: Matéria Médica Concisa
Generalidades:
O veneno mais letal de ação rápida; produzindo convulsões, paralisia, colapso, cãibras por toda parte. Os efeitos são repentinos; espasmos, colapso, apoplexia. Falta reação. Relâmpago como empurrões da cabeça aos pés. As evacuações cessam repentinamente, cai inconsciente. Desmaios prolongados. Azulado. Ataques epilépticos precedidos por náuseas e vômitos ou erupções cutâneas. Catalepsia. Frieza intensa.
Piora:
Lua cheia. Supressões. Tempestades.
Mente:
Inconsciente. Medo de problemas imaginários; de morte, queda de casa, cavalos, carros etc.; de atravessar a rua, mesmo quando o veículo estiver a uma distância considerável. Gritos involuntários altos; antes das convulsões.
Cabeça:
Congestão cerebral intensa; cérebro sente-se em chamas. Como se uma nuvem passasse por seu cérebro.
Olhos:
Distorcido e meio aberto. Olhos fixos.
Face:
Pálido ou azulado; parece velho. Cãibras nos masseteres, maxilares cerrados em espasmo rígido. Lábios pálidos ou azulados. Espuma na boca. Contorção assustadora dos músculos.
Boca:
Seco. Gosto; bichano, metálico, adstringente. Língua fria.
Garganta:
A bebida barulhenta ao engolir ressoa na garganta e no estômago. Espasmos ou paralisia do esôfago.
Estômago:
Grande afundamento na boca do estômago. Anorexia. Cólera. Queimação do umbigo ao esôfago; dispepsia crônica.
Respiratório:
Respiração lenta irregular, ofegante. Asfixia. Tosse seca noturna com cócegas. Asma; com engasgo na garganta. Convulsões, com tosse convulsa.
Coração:
Agarra no coração como se estivesse em perigo. Insuficiência cardíaca; compressão no coração. Pulso; falhando, fraco, irregular, desigual, com batidas fortes ocasionais. Vasos sanguíneos distendidos; contorcendo-se neles. Angina, dor intensa.
Pescoço e costas:
Os músculos da região dorsal são contraídos. Mãos geladas.
Dormir:
Bocejando, com tremores. Sonolência. Vigília do coma.
Febre:
Frieza gelada; mãos piores.
Pele:
Erupções azuladas.
Relacionado
Ágar; Copa; Laur.
Nilo Cairo
Hydrocyanicum Acidum
(Ácido prússico)
Autor: Sr Nilo Cairo
Obra: Guia de Medicina Homeopática
Sinonímia:
Acidum borussicum, Acidum zooticum e Prussicum acid. A mais bela esfera de ação deste medicamento é na epilepsia, contra a qual deve ser dado na dose de 5 gotas de 6.ª ou 3 gotas da 5.ª quatro vezes por dia. (DR. R. HUGHES). Medo de tudo. Hipoestesia sensorial. Antiespasmódico: coqueluche; asma (casos recentes); palpitações nervosas ou orgânicas do coração; tosse dos tísicos (12.ª din.); convulsões urêmicas e histéricas. Tétano. Angina pectoris. Gastralgia melhorada por comer. Dispepsia com palpitações. Vazio da boca do estômago na menopausa. Cólera asiática: colapso súbito, respiração espasmódica, lenta, profunda, suspirosa. Uremia convulsiva.
Ponto de Weihe:
Linha que vai do apêndice xifóide à cicatriz umbilical, debaixo do ponto de Nat. carbonicum.
Dose:
6.ª 12.ª, 30.ª, 100.ª e 200.ª
