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Valeriana

Casali

Valeriana

Autores: V. W.D.Casali, F. M.C.Andrade, E. S.M.Duarte

Livro:  Acologia de Altas Diluições

A preparação básica é feita com a planta “erva dos gatos”, “erva de amassar”, “valeriana” (Valeriana officinalis), família Valerianaceae.

Alguns compostos bioativos:
Ácido valerênico, Triésteres iridoides, Valtrato, Acevaltrato, Alcaloides de Piridina.

Palavra chave:
Espasmos. Histeria. Hipersensibilidade. Nervosismo.

Patogenesia Sinais Funcionais:
Excitação nervosa com hiperestesia sensorial, agitação, espasmos. Eretismo circulatório com congestão cerebral e com sensação de calor. Dispepsia provocada por estado nervoso (com espasmos). Nevralgia ciática. Dores das pernas e braços causadas por imobilidade, nervosismo, hiperestesia dos sentidos.

Sinais de Exaltação
Sensações: 
Calor na cabeça, tensão nos músculos e nas articulações enquanto permanece imóvel (sentado ou em pé), frialdade no corpo (causando insônia), muita luminosidade (estando no escuro), bola na garganta, estrangulamento (ao adormecer), fio/linha pendurada na garganta (causando enjoo), pressão na órbita ocular, estar levitando, leveza do corpo, estar intoxicado, constrição, na faringe, estar alucinando, ondas de calor, alimentos engordurados e bebidas viscosas.

Sinais Comportamentais:
Comporta-se como: irritadiço, supersensível, instável, nervoso, temeroso (sufocação, escuridão, solidão), intolerante a trepidação e a contradição.

Perfil (Criança):
São crianças sensíveis a vermes. Lactentes têm frequentes dores de ouvido após ventos frios (ficando irritadas), têm vômitos de leite coalhado (em fragmentos grandes), têm flatulência e dor de barriga após comer e à noite. Elas falam de sensações estranhas: flutuarem estando de pé, água com gordura, luz na escuridão, cabelo na garganta, luz piscando na orelha, calcanhar com formigas, fome com enjoo, náusea na amídala. São nervosinhas, não gostam de contrariedades, têm humor variável, tem gases de péssimo cheiro.

Indicações
Quadros Comuns:
– Alternância de manifestações psíquicas e corporais (12 a 30CH).
– Vulnerabilidade a vermes.
– Dor no calcanhar após caminhar e sentar.
– Hipersensibilidade ou hiperexcitação mental e sensorial (humor variável, variabilidade de sintomas), ânsia por se movimentar, tendência a espasmo.
– Eretismo circulatório, ondas de calor com suor, palpitações, tonteiras.
– Músculos com tensão dolorosa enquanto permanecem na imobilidade, músculos com tremores (espasmos).
– Intolerância a dor (com desmaios, desejo de estimulantes).
– Insônia com agitação corporal, com estremecimentos.
– Menstruação com menor volume e atrasada.
– Asma espasmódica. Contrações no diafragma.
– Distúrbios com histeria (principalmente na menopausa), hipocondria histérica.
– Tonturas ao agachar.
– Lactente nervoso (com soluço, vômitos de leite), espasmos do intestino com dores e gritos (1D a 4CH).
– Dor ciática queagrava com imobilidade (4 a 9CH).

Quadros Específicos:
Dor de cabeça após esforço corporal, arrepio desde o occipício até o lombo, náuseas subindo do umbigo à garganta, arrotos com gosto ruim, soluço, dor no peito, micções frequentes, cãibra no braço direito (ao escrever ou à noite), alucinações sensoriais.

Dinamizações:
1D ou 2D, 4CH a 9CH, 12CH, 30CH.

Homeopatias Sucessoras:
Pulsatilla, Phosphorus.

Antídotos:
Belladona, Coffea, Camphora, Pulsatilla, Mercurius.

Duração:
8 a 10 dias.

Outras Denominações:
Valeriana sambucifolia, Valeriana officinalis, Phupavum, Valeriana sylvestris major.

Proximidades:
Asa foetida, Ignatia, Crocus, Castoreum.

Valeriana

Autor: Dr. S. R. Phatak 

Obra:  Matéria Médica Concisa

Generalidades:
Produz hipersensibilidade dos nervos; espinhal; genitourinário. Afeta a mente, músculos, panturrilha, calcanhares; tendoaquiles. As disposições mentais e físicas mudam repentinamente e ir ao extremo. As dores são rápidas, dilacerantes, mover para fora; são sentidos aqui e ali ou vêm e vão; pular de um lugar para outro. Ilusões; de visão, audição, cheiro, ou gosto. Sensação de flutuação, de dualidade, de bola ou plugue. Desejo de reação. Sintomas alternados. Agitação de todos os nervos, empurrões, espasmos, tremendo. Inquietação; impulso para se mover. Não consegue ficar parado. Fraco, peças únicas, olhos, braços, pulsos, poplíteo etc. Globo. Sensação de um fio pendurado no esôfago. Mulheres histéricas nervosas, irritáveis e fracas nas quais predominam as facilidades intelectuais e que sofrem de neuralgia. 
As partes vermelhas ficam brancas. Lesões leves causam espasmos. Escaras precoces. Ataques epilépticos. Paralisia e contração dos membros; histérico. Calor constante e mal-estar.

Piora:
Descansar de pé. Excitação. Noite. Ar livre; corrente de ar. Jejum. Escuridão. Inclinando-se.

Melhora:
Mudando de posição. Andando por aí. Fricção. Depois de dormir. Refeições. Café da manhã.

Mente:
Distúrbios mentais passando de um extremo de emoções para outro, da maior alegria à mais profunda dor, da brandura à murmuração. Impaciência, passa rapidamente de um assunto para outro. Idéias errôneas, pensa que é outra pessoa, como se tudo ao redor fosse estranho e desagradável. Contorce-se ou contorce-se. Raiva. Inclinado a desmaiar. Histeria, teme estar sozinho e esp. no escuro. Louco delirando, xingando. Vê imagens, animais, homens.

Cabeça:
Dores em empurrões, melhor, movendo-se pior ao sol. Frieza na parte superior da cabeça. Vertigem ao se inclinar; parece leve, como se estivesse flutuando.

Olhos:
Brilho e luz diante dos olhos no quarto escuro, visão nítida. Os objetos parecem muito próximos dos olhos. Olhar selvagem.

Ouvidos:
Ilusões de audição, imaginou que ouviu o tilintar do sino. Otalgia, pior: rascunho e frio.

Face:
A dor aparece de repente e empurrões. Os músculos se contraem. Bochechas vermelhas e quentes ao ar livre.

Boca:
Sabor gorduroso rançoso. Náusea sentida na garganta. Língua espessamente revestida.

Garganta:
Como um fio na garganta, com salivação e vômito.

Estômago:
Eructações como ovos estragados. Fome com náusea, como se fosse do umbigo. Criança vomita leite coalhado em grandes pedaços após mamar; depois da raiva da mãe. Sensação de algo quente saindo do estômago e causando sufocamento. Cãibras no estômago.

Abdome:
Inchado. Cólicas. Flatulência; histérico. Diarréia fina, aquosa; com pedaços de leite coalhado, com gritos violentos em crianças. Cãibras, depois de comer, na cama à noite. Contrai o abdômen, involuntariamente.

Urinário:
Urina aumentada e mais frequente; em mulheres nervosas.

Respiratório:
Engasgo na garganta ao adormecer. Acorda como se estivesse sufocando. Asma espasmódica.

Coração:
Costura no coração, com pulso rápido, pequeno e fraco.

Extremidades:
Dor tipo cólica, elétrica como choques no úmero (esquerda), desperta do sono. Dor nos calcanhares quando sentado ou constantemente. A dor ciática piora: ao ficar de pé, sentar e descansar melhor: caminhar e esfregar. Empurrões constantes. Dor tensiva nas panturrilhas pior: pernas cruzadas. Cãibras no bíceps (à direita) ao escrever. Cãibras nas mãos e nos pés impedem o sono. 
Dor da panturrilha ao calcanhar. Ciática; pior: esticar os membros, em pé. As pernas ficam leves depois de caminhar.

Dormir:
Insônia, com coceira noturna e espasmos musculares, da excitação nervosa.

Febre:
Relaxe e desça a partir do occipital. Febre composta apenas de calor desagradável. Surtos repentinos de suor; principalmente na testa. Corpo gelado; com náuseas e vômitos.

Relacionado:
Asaf, Ign, Pulsatilla

Valeriana

Autor: Sr Nilo Cairo

Obra:  Guia de Medicina Homeopática

Sinonímia:
Valeriana officinalis, Phu germanicum, Phuparvum, Valeriana sambucifolia e V. Sylvestris major. Pertence às Valerianacese.
Um remédio geral dos espasmos e moléstias histéricas, especialmente na época da menopausa. Hipocondria histérica, supersensitividade, insônia; nervosismo, flatulência histérica. Dores simulando o reumatismo. Dor de ouvidos devida a puxões de orelhas e ao frio.Remédio dos hábitos histéricos. Dores nos calcanhares, sentando-se. Quando falham os remédios aparentemente bem escolhidos. Sensação de um fio pendurado através da garganta.
Vômitos de leite coalhado nas crianças depois de mamar. Diarreia de leite coalhado, com cólicas. Cefaléia ao menor esforço muscular. Ciática melhorada por andar e agravada ficando deitado. Melhora deitando, quando se firma o pé sobre uma cadeira.

Ponto de Weihe:
Por baixo e à direita cicicatriz umbilical.

Remédios que lhe seguem bem:
Puls. e Phosp-h.

Antídotos:
Bel., Coffea, Camph., Puls., e Merc.

Duração:
8 a 10 dias.

Dose:
1.ª e 2.ª

Valeriana

Autor: Boericke

Obra: Matéria Médica

Benefícios e Indicações

Valeriana é uma planta medicinal amplamente utilizada para tratar condições relacionadas à histeria, hipersensibilidade e afecções nervosas, especialmente quando outros remédios não apresentam eficácia. É eficaz em casos de espasmos e afecções histéricas, incluindo a chamada flatulência histérica.

Sintomas Mentais

Os efeitos da Valeriana na mente incluem uma disposição mutável, sensação de leveza, como se estivesse flutuando, e sensibilidade excessiva. Os pacientes podem relatar alucinações noturnas, irritabilidade e tremores.

Sintomas na Cabeça

Os sintomas físicos incluem sensação de grande frio, pressão na testa e sensação de intoxicação, que podem ser desconfortáveis e perturbadores.

Sintomas nos Ouvidos e Garganta

A Valeriana é eficaz no alívio da dor de ouvido provocada por correntes de ar frio, bem como em casos de ruídos nervosos e hipersensibilidade auditiva. Na garganta, os pacientes podem sentir uma sensação de algo pendurado, acompanhada de náuseas e uma sensação de constrição.

Sintomas Digestivos

Os efeitos no sistema digestivo incluem fome acompanhada de náusea, eructações fétidas e azia. Em crianças, pode ocorrer vômito de leite coalhado em grandes pedaços após a amamentação.

Sintomas Abdominais

A Valeriana também é indicada para aliviar cólicas histéricas e diarreia aquosa, frequentemente acompanhada de gritos em crianças. As fezes podem ser esverdeadas, papescentes e sanguinolentas, e podem ocorrer espasmos intestinais após as refeições e à noite.

Sintomas Respiratórios

No sistema respiratório, pode haver engasgo ao adormecer, asma espasmódica e movimentos convulsivos do diafragma.

Sintomas Femininos

Para as mulheres, a Valeriana é útil em casos de menstruação atrasada e escassa.

Sintomas nas Extremidades

Os pacientes podem apresentar dores reumáticas nos membros, sensações de caos constante, ciática e dor nos calcanhares ao sentar. Notavelmente, a dor piora ao ficar em pé e melhora ao caminhar.

Efeitos sobre o Sono

Os efeitos sobre o sono incluem insônia, coceira noturna e espasmos musculares, com piora ao acordar.

Sintomas de Febre

A Valeriana é associada a calor duradouro, geralmente acompanhado de suor no rosto, e pode ocorrer uma sensação de frio glacial em algumas situações.

Relação com Outros Remédios

Ao considerar o uso de Valeriana, é importante compará-la com outros remédios como Asafœtida, Ignatia, Crocus, Castor e Amm. valerian. Esses remédios são indicados em casos de neuralgia, distúrbios gástricos e grande agitação nervosa, e são particularmente úteis para pacientes nervosos, fracos e histéricos.

Modo de Uso

A forma mais comum de administração da Valeriana é por meio de tintura. É essencial seguir as orientações de um profissional de saúde para garantir a dosagem adequada e a eficácia do tratamento.

Conclusão

Valeriana é uma opção valiosa para tratar uma variedade de condições relacionadas a distúrbios nervosos e digestivos. Sempre consulte um especialista antes de iniciar qualquer tratamento para garantir a melhor abordagem para sua saúde.

Referência Bibliografica
VITHOULKAS. Valeriana. Disponível em: https://www.vithoulkas.com/learning-tools/materia-medica-boericke/valeriana-boericke/

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