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Arnica montana

Casali

Arnica montana

Autores: V. W.D.Casali, F. M.C.Andrade, E. S.M.Duarte

Livro:  Acologia de Altas Diluições

A preparação básica é feita da planta Arnica montana (família Compositae) que cresce nas montanhas da Europa. Essa planta não existe no Brasil. As homeopatias feitas das arnicas brasileiras não foram estudadas ainda. 
Portanto, no uso das arnicas brasileiras não há certeza que os efeitos serão os mesmos. É preciso que se faça experiências em pessoas saudáveis. A preparação básica de Arnica Montana tomada diretamente por pessoas mais frágeis ou sensíveis pode causar irritação gastrintestinal com vômitos e diarreia, excitação nervosa, dispneia, delírio, suores frios, hemorragias, convulsões e dor de cabeça forte.

Palavras chave:
Traumatismo, choques emocionais. Manejo agronômico das plantas. Acidentes com animais.

Tropismo Homeopático:
Tecido conjuntivo,músculos, sistema vascular, coração, pele.

Patogenesia
Sinais Funcionais:
Extravasões diversas de sangue (inclusive hemorragias). Distúrbios nos músculos, na pele, nas células (semelhantes a contusões). Hipertensão capilar e das artérias. Congestão no cérebro e no intestino. Vulnerabilidade a infecções com pus.

Sinais de exaltação:
Sensações atropelado, algo duro em sua garganta, machucado em todo o corpo, ao ser tocado será machucado, ter sido moído, dor quando tocado, cama ou cadeira dura, faca cortando o cérebro, onde deita está duro, pancadas, estômago ter atravessado a coluna vertebral e estar até nas costas, perdeu sua genialidade, foi ativo (agora está na imobilidade e limitado), está impedido de agir, corpo frágil e quebradiço.

Sinais mentais:
Confusão mental. Esquecido. Pensa que não é bom em nada. Pensa ansioso preocupado no presente e no futuro. Pensa que não tem problemas nem distúrbios de saúde. Mentalmente distraído. Pensa que sabe e fica indiferente a opiniões. Pensa que tem algum distúrbio no coração e que vai ter gangrena. Angústia mental, inquietude mental. Pensa que é inútil qualquer terapêutica. Mentalmente inseguro.

Sinais subconscientes:
Medos vento, locais públicos, multidão, asfixia (à noite), toques, ser atingido, males futuros.

Sinais emocionais:
Alegre porém com frieza. Depois da raiva chora com lágrimas. Sem alegria interior e amabilidade, tristeza. Tem mau humor com frequência. Quando consternado tem choque emocional. Sensível às emoções. Emoções acompanhadas de suor frio. Instabilidade emocional

Sinais Comportamentais:
Quando não afetado é vaidoso, arrogante, falante, ágil. Muda constantemente de lugar (inquietude corporal). Disposta a brigar com todo mundo, desrespeitosa, grosseira, ofensiva. Sem sofrer qualquer acidente, se comporta como paciente politraumatizado. Antissocial (desejo de estar só, de isolar-se). 
Ditatorial. Rude e dominador. Teimoso. Timidez. Comporta-se como desiludido, cansado, quebrado, traumatizado (pele e músculos). Sonhador porém chocado com realidades. Dificuldade de achar sua posição confortável nas cadeiras e se mexe muito.
Comporta-se como pirracento, não fala, não responde, não se envolve, indiferença pelas tarefas ou ocupações, entrega-se à morte como inútil. Aversão por tarefas sérias.

Sinais gerais:
Teme executar tarefas de maneira inadequada e ser repreendida. Facilmente assustada. Repentino temor da morte. Ansiedade pelo futuro, talvez por isso não fazem exames preventivos. Desesperança. Dorme muito. Vivacidade incomum. Inabilidade em executar trabalho contínuo. Traumatizado. Irritabilidade. Sonhos com corpos mutilados, com mortes, pessoas sem pele. Tem muitos sonhos. Desejo de escrever livros.

Sinais físicos:
Muitos hematomas. Flatos e arroto com cheiro de ovo podre. Calor na parte superior do corpo e frio na parte inferior. Perda de audição. Dispneia. Palpitações no coração. Furúnculos muito dolorosos. Rigidez matinal das articulações. Articulações (sensíveis). Menstruações abundantes com coágulos. Estresse físico. Dor em torno do coração. Vômitos sem conteúdo (na vertigem e na ansiedade). Ovários e útero doloridos. Todo o corpo e extremidades doloridas. Cefaleia repentina. 
Sensível ao toque. Nariz frio. Diarreias com tenesmo. Acne com simetria na distribuição. Tosse com espasmos.

Generalidades:
Agrava: 
Após ser tocado, com movimentação, com repouso, com vinho, com frio úmido.

Melhora:
Quando deita, quando abaixa a cabeça.

Patogenesia no vegetal:
30CH – aumenta a altura das plantas, diminui o número de folhas, diminui o comprimento das folhas, aumenta a intensidade do florescimento.
30CH, 60CH, 100C, 200CH – diminui o crescimento geral da planta, diminui o número de folhas e o comprimento da folha, aumenta a intensidade do florescimento.
60CH, 100CH – aumenta o teor de cumarina da planta.
200CH – diminui o metabolismo geral da planta (Justicia pectoralis/chambá).
12CH, 30CH, 1000C – diminui a altura da planta e a massa foliar seca.
5000C – diminui a massa foliar seca (Cymbopogon citratus/capim limão)
1CH – aumenta a fotossíntese líquida (Sphagneticola trilobata/margaridinha).
1D, 2D e 5D – aumenta o crescimento das plantas (massa fresca), diminui a percentagem de partenolídeo, aumenta o número de inflorescências (Tanacetum parthenium/artemísia).
3D – aumenta o número de inflorescências (Tanacetum parthenium/artemísia).
4D – aumenta o número de inflorescências e diminui o teor de partenolídeo
(Tanacetum parthenium/artemísia).
1CH – aumenta o número de inflorescências (Tanacetum parthenium/artemísia).
2CH, 3CH, 4CH, 5CH – diminui o número de inflorescências (Tanacetum partenium/artemísia).
3CH e 5CH – diminui o teor de partenolídeo (Tanacetum partenium/artemísia).
200CH – diminui o teor de cumarina (Justicia pectoralis/chambá).
6CH, 12CH, 24CH – aumenta a massa da parte aérea de mudas provenientes de estacas enraizadas (Ocimum gratissimum/alfavaca).
12CH – aumenta a massa do sistema radicular de mudas provenientes de estacas enraizadas (Ocimum gratissimum/alfavaca).
3CH – aumenta o teor de óleo essencial de mudas provenientes de estacas enraizadas
(Ocimum gratissimum/alfavaca).
6CH – diminui a massa das raízes de estacas enraizadas (Mentha x villosa/hortelã).
3CH – aumenta o teor de cumarina nas plantas (Justicia pectoralis/chambá).
1000C – diminui o número de inflorescências da plantas (Acmella oleraceae/ Jambu).
3CH, 12CH, 30CH, 1000C, 5000C – diminui o teor de flavonoides totais das plantas
(Bryophyllum pinnatum/folha de fortuna).
3CH, 6CH, 12CH – aumenta o número de brotações de estacas enraizadas (Lippia alba/erva cidreira).
6CH, 12CH – aumenta o comprimento das raízes em estacas enraizadas (Lippia alba/erva cidreira).
6CH – aumenta a percentagem de enraizamento em estacas (Lippia alba/erva-cidreira).

Perfil (Criança):
A criança manifesta medo, angústia, tristeza, mau humor, irritabilidade. As manifestações são exageradas (exemplos: a queda mínima causa desmaio, escorregou teve hematoma e luxação, pancada fraca resulta em fratura). São crianças que reclamam muito de dores (inclusive dor óssea) caracterizando-as como “hipocondríaca dos traumatismos”. Paradoxalmente podem ser crianças ousadas, arrojadas, destemidas e imprudentes mas que não gostam de toques físicos, espirram com frequência. Com cabeça quente e corpo frio. Sonhos vívidos.

Perfil (Adulto):
Inquietude, imaginação mórbida, rabugento, desiludido, recusa tratamentos terapêuticos, opção por ficar a sós (sem ser tocado). Após remorso ou após desgosto e perdas financeiras sentem dores no corpo e articulações deslocadas. Intolerante à dor. Vulnerável a infecções.

Indicações:
Quadros Comuns

Mentais e emocionais:
Os sintomas mentais de Arnica refletem imediatamente no corpo ou seja, somatizam no físico. Tristeza. Indiferença e desespero. Temor de morte súbita, orgulho, medo de executar tarefas inadequadamente e ser repreendida. Irritabilidade, instabilidade, insegurança. Medo de ser sacudido ou esbarrado. Medo das crises pois fazem seu corpo tocar o piso, traumatizando-o. Perda de visão.

Sinais Físicos:
Insônia com agitação. Tendência à hemorragia. Mau cheiro e incontinência do intestino reto. Hipertrofia do coração, pressão arterial alta, sensação de constrição no coração. Sensível ao toque, hemorragia nos tecidos subconjuntivos, prostração.

Face:
Quente congestionada (vermelha ou arroxeada) mas nariz, pés e mãos frias. Sede, gemido, nega estar doente, calafrio. Meteorismo intestinal, náusea de alimento, arrotos de ovo podre. Diarreia fétida com tendência à incontinência. Erupção arroxeada na pele. Melhora das vertigens, abaixando a cabeça, com as pernas abertas, fechando os olhos, andando. Olhos injetados, cefaleia frontal (sensação de cabeça grande). Fluxo menstrual intenso, vermelho, com coágulos. Em algumas pessoas surge lábio seco, quente e gretado. Dificuldade de engolir.

Quadros Específicos:
a) Contusões, traumatismos, esgotamento físico, esforços repetidos, pancadas. Hematomas, torceduras. Dores abdominais causadas pelo feto nas gestantes. Varizes dolorosas. Afonia, tosse, dores após esforços vocais. Enfarto do miocárdio. Nos casos de dores por contusão. Sequelas de traumatismos (inclusive tumores).
b) Após operações cirúrgicas (previne complicações). Após o parto se não acontecer outra complicação (previne a febre). Na reabsorção do derrame cerebral (30CH) após os sintomas agudos.
c) Prevenção de distúrbios pós-cirúrgicos dos olhos e previne paralisia cerebral. Previne a pioemia (pus no sangue).
d) Esforços musculares. Diminui contrações nervosas facilitando a união dos ossos.
e) Tristeza, depressão, solidão, indiferença ou desespero. Sonham que são enterrados vivos. Comoções do cérebro ou da espinha. Doenças nervosas (12CH). Sustos por insignificâncias.
f) Furunculose, antraz. Dor de dente pós cirurgia, gota e reumatismo. Dor ciática causada por exercício ou compressão do nervo. Varizes.
g) Velhice precoce de trabalhadores rurais (1CH a 3CH, 3 vezes ao dia, 2 gotas/vez). Pessoas propensas à congestão cerebral. Diarreia com tenesmo (contração muscular involuntária).
h) Coqueluche forte, hemorragias, expectoração de sangue. Tosse espasmódica de resfria dos, tosse noturna dos cardíacos, tosse por chorar. Suores noturnos ácidos.
i) Profilaxia de infecções, degeneração de tecidos, quisto com sangue, trombose, putrefações.

Quadros animais:
Fadiga. Distúrbios por esforço. Debilidade. Animais não aceitam toque. Agravam com movimentação. Lesões com sangue claro. Traumatismo, hematomas. Com pressões (cérebro, medula).  Após acidentes, parto, lesões. Acelera eliminação da placenta.
3D, 4D, 12D, 30C, 200C.

Quadros vegetais:
Plantas que receberam forte impacto por podas, colheitas, insetos, operações de enxertia, transplante mecanizado. Crescimentos anormais e localizados nas raízes de árvores. Feridas durante as podas e colheitas. Plantas típicas de clima frio, porém, estão sendo cultivadas na época quente impactadas pelo calor. Choques causados pelo transplante das mudas, danos por granizo (após cicatrização) e pelos enxertos. Choques provocados pelo uso de cultivadores, grades, rotativas, roçadeiras. Estacas recém cortadas visando enraizamento (aplicar antes e após o traumatismo do corte).

Observação:
1) Não usar nas plantas enquanto houver ferimentos com tecidos internos expostos.
2) Praticar prevenção quando houver manuseio impactante. Dificuldade de adaptação de variedades a novas condições de ambiente.

Atenção:
Uso comum nas dores por choques, contusões, sangramento causado por ferimentos, traumas emocionais, esforços traumatizantes situações chocantes, visão de cenas horríveis causando distúrbios ou disfunções. Nos quadros crônicos (tipo Arnica) tentar Spigelia anthelmia (“a arnica crônica”). Nos transplantes, podas, colheita das plantas.

Homeopatias complementares:
Rhus, Veatrum, Hypericum, Ipeca, Aconitum.

Homeopatias sucessoras:
Belladona, Bryonia, Baryt amuriatica, Berberis, Cactus, Calcarea, China, Calendula, Conium, Hepar, Nux vomica, Phosphorus, Ledum, Pulsatilla, Psorinum, Rhus, Ruta, Sulphur, Veratrum.

Antídotos:
Aconitum, Arsenicum, Camphora, Ignatia, Ipeca, Spigelia.

Duração:
6 a 10 dias.

Outras Denominações:
Arnica montana, Panacea lepsorum, Nardus celtica, Caltha alpina, Chrysanthemum latiferum, Doronicum austricum quartum.

Arnica montana

Autor: Dr. S.R. Phatak 

Obra:  Matéria Médica Concisa

Generalidades:
Arnica montana é um remédio traumático por excelência. Traumas em todas as suas variedades mentais ou físicas e seus efeitos recentes ou remotos são enfrentados por Arnica. Afeta o sangue, causando condições pútridas e sépticas. Os vasos sanguíneos estão relaxados, causando equimose, manchas azul-pretas com tenência a hemorragia, epistaxe etc. Age sobre os nervos causando neuralgia. Os músculos se sentem muito doloridos, dolorosos, machucados em toda parte. As partes ficam doloridas, após as dores, ou após o sangramento. É um profilático para a formação de pus. Enterrando pus. A arnica tem ação absorvente. Grande prostração, sensação de cansaço. As descargas são sujas, respiração, paladar, flatos, fezes etc. Dor esmagadora. A cama parece dura ou cheia de caroços. Evacuações involuntárias. Abscessos que não amadurecem. As dores de Arnica são paralíticas, dores súbitas e de deslocamento de articulação para articulação. Arnica age melhor em pletórica, escura, pessoas de cabelos de músculos rígidos, natureza nervosa sanguínea. Age mas fracamente sobre pessoas positivamente debilitadas, com sangue empobrecido e carne macia. Fraturas compostas. Contração, em tendões, músculos.  Osteomielite. Efeitos nocivos do susto, perda financeira, raiva, arrependimento, uso excessivo de qualquer órgão, vaginite em mulheres e impotência em homens por indulgência sexual excessiva. Esforço de qualquer tipo. Mente e sintomas uterinos se alternam. Reclamações quando apressadas. Apoplexia. Febre tifoide, séptica. Fervura recorrente. Operações cirúrgicas. Picadas de insetos. Lascas. Trombose.

Piora:
Lesões, quedas, pancadas, contusões, choque, dissonante após o trabalho de parto, excesso de esforço, entorses. Tocar. Depois de dormir. Movimento. Velhice. Álcool. Frio úmido. Gás de carvão. Deitado do lado esquerdo.

Melhora:
Deitado e deitado com a cabeça baixa ou estendida.

Mente:
Medo de ser atingido ou tocado, ou abordado, de doença, de morte instantânea, com desconforto cardíaco à noite, do espaço, no despertar, de multidões, locais públicos. Melancólico, humor arrependido. Mentalmente prostrado e apático, mas fisicamente inquieto, diz que nada o aflige. Quando falado, responde devagar com esforço. Sente-se bem em casos graves. Esquecido, o que lê, escapa-lhe rapidamente à cabeça. Depois de raiva derrama lágrimas e faz exclamações. Desesperançado, indiferente. Ataques violentos de angústia, angina pectoris. Delírio treme. Um medo súbito que desperta a pessoa do sono à noite após um acidente. Grande vontade de coçar, vai coçar, parede, cama, cabeça, etc. Coma. Delírio murmurante. Sensação de ser bom para nada. Facilmente assustado, ninharias inesperadas fazem com que ele comece.
Senta-se como se estivesse em pensamento.

Cabeça:
Cérebro, sente-se cansado, queimando. Vertigem, crônico dos idosos, com náuseas, vômitos e diarreia, objetos rodopiam pior andando. Vertigem pior andando, sentado ereto, fechando os olhos. Arnica tem dor de cabeça como de uma unha. Cabeça quente com corpo frio. Ponto frio na testa, pontos quentes no vértice. Meningite de lesão na cabeça. A cabeça joga para trás enquanto caminha.

Olho:
Injetado. Hemorragia retiniana. Fotofobia. Sinta-se cansado e pesado, depois de ver a vista, imagens em movimento. Objetos altos parecem inclinar-se para a frente e prestes a cair. O olho direito se projeta, parece maior que o esquerdo.

Ouvidos:
Dureza da audição, ruídos nos ouvidos. Sangue dos ouvidos. Dor contundente nos ouvidos externos. Deficiente auditivo por lesão na cabeça. Sensível a ruídos estridentes.

Nariz:
Hemorragia após cada ataque de tosse, depois de lavar o rosto. Espirros violentos. Nariz, sente-se dolorido, frio. Pós queda nasal. Catarro de antro. Ardência na febre tifoide.

Rosto:
Congestionado, vermelho azulado, na apoplexia, febres. Afundado, pálido. Lábios queimado, inchado e rachado. O lábio inferior treme, enquanto come. Mandíbula inferior pendurada para baixo, paralisia. Acne dolorosa. Bochechas inchadas;, vermelho.

Boca:
Hálito fétido. Seco, com muita sede. Gosto a partir de ovos ruins, após a operação entupimento etc. Fauces vermelhas brilhantes, inchadas. Língua seco, quase preto. A deglutição é evitada por uma espécie de náusea como se o alimento não caísse.

Estômago:
Eructações, degustação de ovos ruins após tossir. Perda de apetite durante o dia, mas fome canina antes da meia-noite. Náusea. Vômitos de sangue coagulado escuro e vermelho. Sensação como se o estômago estivesse passando contra a coluna. Vômitos fétidos. Como de um caroço na parte de trás do estômago. Arnica tem aversão ao leite e à carne. Saudades do vinagre. Vontade constante de beber, mas não sabe para quê, pois todas as bebidas são ofensivas.

Abdome:
Cãibras do epigástrio para baixo sobre os intestinos, em seguida, fezes sujas. Dores agudas de um lado para o outro. Fezes sangrento, espumoso, purulento, acre, involuntário durante o sono. Disenteria com disúria, todo o verão e outono. Cãibras no reto, em pé. Flatos com cheiro de ovos podres. Deve deitar-se depois de cada fezes. Prolapso e piora depois de caminhar por alguns minutos só lavando melhor todo o corpo.

Arnica montana

Autor: Sr Nilo Cairo

Obra:  Guia de Medicina Homeopática

Sinonímia:
Caltha alpina, Chrysanthemum latif. Doronicum austricum quartum, Nardus celtica, Panacea lepsorum, Ptarnica mont. e Veneno de leopardo. Pertence às Compositae. É o grande remédio do traumatismo, pouco importa qual seja o órgão lesado. O remédio mais geral a dar depois das operações cirúrgicas, para prevenir as complicações. A dar depois do parto, não havendo outra complicação: “Se se dá Arnica antes e depois da expulsão do feto quase infalivelmente prevenirá a febre puerperal” (DR. DEWEY). A grande característica deste medicamento é uma sensação de endolorimento e contusão, como se o corpo tivesse sido espancado ou pisado; daí seu grande uso, interna e externamente, em todas as pancadas, machucaduras, contusões, quedas, comoções (do cérebro ou da espinha) e excessos musculares de qualquer sorte. Só deve ser usado externamente, quando não houver esfoladura ou ferimento da pele. Todavia o DR. GRAUVOGL o usava nas fraturas e feridas supurantes e operações cirúrgicas. Perturbações cardíacas dos atletas. Velhice prematura ou decadência geral precoce, com dores reumatóides, entre os caboclos que se dão a pesados trabalhos agrícolas (1ª à 3,ª din., 2 gotas, tres vezes por dia). Indicado nas pessoas propensas à congestão cerebral. Um grande tônico muscular. Todas as coisas sobre que se descansa ou repousa parecem muito duras. A cama dói. Arrotos com cheiro de ovos podres. Estado tifóidico, cabeça quente, mas corpo frio. Fezes pútridas, involuntárias. Petéquias. Estupor com fezes e urina involuntárias. Tenesmo com diarreia; disenteria. Em qualquer moléstia em que o nariz esteja anormalmente frio. Internamente, para prevenir a supuração, a septicemia e as equimoses nos traumatismos e nas operações cirúrgicas, sobretudo dos olhos; e também a apoplexia cerebral. A dar na apoplexia cerebral, depois dos sintomas agudos, para reabsorver o derrame (30.ª). Previne a pioemia e, para as hemorragias por feridas, é o nosso remédio mais útil. Antraz. Furunculose. Erisipela. Furúnculos localizados na nuca. Aquieta as contrações nervosas do membro fraturado, que impedem a união dos ossos. Afecções agudas ou crônicas (mesmo muito antigas) consecutivas aos traumatismos. Tumores devidos a traumatismos. Moléstias nervosas, use-se a 12.ª din. Dor de dentes consequente a operações dentárias. Gota e reumatismo, com temor de ser tocado na parte doente. Influenza. Tosse espasmódica. Tosse dos cardíacos à noite. Tosse provocada por chorar ou lamentar-se. Dores intercostais; pleurodinia. Suores noturnos ácidos. Coqueluche: a criança chora ao pressentir o acesso. Ciática devida a demasiado exercício ou compressão do nervo. Tinnitus. Varizes.

Dose:
Internamente — 1.ª, 3.ªx, 6.ª, 12.ª 30.ª, 100.ª 200.ª e 1.000.ª.

Uso externo
É o remédio externo de todas as lesões traumáticas não dilaceradas. Emprega-se, pois, nas contusões, machucaduras, pancadas ou quedas, bossas ou galos da cabeça, contusões das partes genitais devidas a um parto laborioso, contusões dos escrotos, torceduras; bolhas dos pés produzidas pelas botinas; calos machucados; furúnculos que amadurecem bem; frieiras pruriginosas; reumatismo muscular resultante da exposição ao ar frio e à umidade; rachaduras do bico do peito; tumor maligno. Em todos estes casos, se aplica em fricções com a tintura-mãe pura (exceto havendo escoriação) ou misturada com glicerina; ou ainda misturada com água fervida morna banhando-se a parte afetada ou aplicando em panos molhados. Pode-se usar também a pomada ou unguento. Em geral renova-se o curativo 2 vezes por dia. Usa-se também a Arnica em solução aquosa, para dores de dentes, abscesso alvéolodentário e gengivite, fazendo-se bochechos seguidos. Nas pequenas escoriações e esfoladuras, emprega-se também a Arnica, sob a forma de colódio de Arnica, que se pode fazer em casa, misturando:
Colódio comum das boticas . . 10 partes
Tintura-mãe de Arnica . . . . 1 parte
Pincelam-se as pequenas escoriações, cortes e esfoladuras com um pouco desta preparação. Em fricções com o Gliceróleo de Arnica, serve também para fazer desaparecer as dores musculares, ou articulares, que sobrevêm em consequência de um esforço violento ou de uma luxação. Nestes mesmos casos, pode-se usar o Opodeldoque de Arnica, que se encontra à venda nas farmácias homeopáticas. Encontra-se ainda nas farmácias um óleo de Arnica que é feito com óleo de olivas (azeite doce) superior e raízes de Arnica, em maceração, na proporção de 1:10. É um remédio de inestimável valor nas cortaduras, feridas, escoriações e queimaduras, em geral, sempre, enfim, que se precisar de uma forma de preparação de arnica branda e macia. Para o reumatismo e as dores dos músculos causadas pelo tempo frio e úmido, é este um remédio externo de inexcedível utilidade. As dores reumáticas locais cedem na maioria dos casos a uma ou duas aplicações deste óleo, por fricção das partes afetadas, feita ao deitar-se.
O óleo de Arnica é hoje muito estimado pelos atletas, que o usam para friccionar os músculos ao terminar os exercícios, pois não somente se evitam com ele os resfriados, mas lambem a rigidez, que sói resultar do exercício muscular vigoroso. Na queda dos cabelos, usa-se também um especial Oleo de Arnica, em que se associa o óleo de Rícino a Arnica, o qual constitui um poderoso tônico para o cabelo; fortifica os bulbos pilosos, impede a queda prematura e a calvície, destrói os parasitas e faz desaparecer a caspa, secura e aspereza dos cabelos.
Bastam 2 ou 3 fricções por semana para obter o resultado desejado.
Enfim, há nas farmácias homeopáticas um Sabonete de Arnica – excelente para limpar partes contundidas, machucadas ou feridas, e para conservar a pele macia e elástica, fazendo desaparecer as rachaduras e asperezas dos rosto e das mãos; e uma Pasta de Arnica para os dentes, destinada à limpeza da boca. Neste último caso, pode-se usar também, como água dentifrícia, uma solução comum aquosa de tintura de Arnica, feita no copo, na proporção de 1 de Arnica para 20 de água, e com ela escovar os dentes. 

Complementares:
Aconit., Ipeca, Verad., Hypericum e Rhux.

Remédios que lhe seguem bem:
Acon., Arsenic., Bellad., Bryon, Baryt. muriat., Berb., Cactus, Calc., Chin., Chammom., Calend., Conium., Curare, Hepar., Ipeca, Nux vomic., Phosph., Led., Pulsatilla, Psorin., Rhus, Rata, Sulphur e Verat.

Antídotos:
Aconit., Arsenic., Camph., Ignatia e Ipeca.

Duração:
6 a 10 dias.

Consulte seu medicamento

em nossa farmacias parceiras

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