Casali
Hura Brasiliensis
Autores: V. W.D.Casali, F. M.C.Andrade, E. S.M.Duarte
Livro: Acologia de Altas Diluições
A preparação básica é feita com a planta “açacu”, família Euphorbiaceae, encontrada no Brasil.
Palavra chave:
Sífilis, lepra.
Patogenesia
Sinais Funcionais:
Erupções tipo vesícula. Inflamação do intestino reto com irritação. Congestão do sistema porta.
Sinais de Exaltação
Sensações:
Constrição e queimadura no ânus, plenitude com dor do abdome, queimadura no intestino reto, farpa debaixo da unha do polegar, pele esticada.
Sinais Gerais:
Tensão nas vesículas, pescoço duro, latejamento na ponta dos dedos.
Sinais Físicos:
Pele da testa esticada, dores nas costas. Prurido e acne nas partes ósseas salientes. Prurido no osso molar.
Indicações
Quadros Comuns:
A) Erupções – Com vesículas, onde os ossos são superficiais e perto de saliências ósseas (parte molar do crânio, tornozelos) (4 ou 5CH).
B) Inflamação do Intestino Reto – A inflamação do intestino reto atinge o ânus dando sensação de constrição e queimação. Diarreia irritante, ardente, prostração com tenesmo do intestino reto (4 a 6CH).
C) Plenitude do Abdome – Congestão da veia porta causando sensação de dor no abdome, prisão de ventre, alternando com diarreia irritante, podendo ter queimação no intestino reto/ânus, hemorroidas irritadas, constrição do ânus, face vermelha e dores lombares (5 a 9CH).
D) Distúrbios – Sífilis. Lepra (1D, 2D).
Atenção:
Farpa na unha e queimação intestinal (sensações) e inflamação intestinal.
Proximidade:
Hydrocotyle.
Sankaran (Resenha)
Hura Brasiliensis
Autor: Rajan Sankaran
Obra: Texto baseado no livro The Soul of remedies de Rajan Sankaran. O Texto está diferente do original mas as idéias foram mantidas
Informações gerais:
Hura pertencente à família Euphorbiaceae, nativa das regiões tropicais das Américas, composta por sete espécies: Hura brasiliensis; Hura crepitans; Hura koenigii; Hura polyandra
Miasma:
Hura possui características que a situam exatamente entre os miasmas tuberculoso e sifilítico. Este é o miasma da lepra. A sensação principal no miasma da lepra é semelhante ao miasma tuberculoso, só que muito pior. A sensação é que mesmo com uma atividade intensa, rápida e agitada para sair desse processo destrutivo (hanseníase), há muito pouca esperança. Em termos de patologia, existem três tipos distintos de lepra. Existe o tipo tuberculóide que, embora progressivo, tem um prognóstico melhor do que os outros – há esperança. No outro extremo, está a lepra lepromatosa, que é rapidamente progressiva e destrutiva, assemelhando-se à sífilis. O tipo intermediário situa-se entre esses dois. A lepra, como a tuberculose, é desenfreada na Índia.
Sensação:
Há um sentimento de tremenda opressão (os leprosos muitas vezes são tratados pior do que os animais e são objetos de ódio) e uma intensa desesperança com um desejo de mudança.
Mental/Emocional:
Sentimento de abandono, com a ilusão específica de que a pessoa Hura está prestes a perder seus amigos e que seus amigos perderam a afeição por ele. Se sente um náufrago, indesejado, sozinho no mundo, desprezado e odiado. Há uma sensação de ser infeliz, azarado por algo teracontecido com ele e por isso perdeu seus amigos e todos começaram a odiá-lo. Existe a rubrica: “Desespero de recuperação”, o que significa que é difícil para ele se recuperar dessa posição; Portanto, há tristeza e depressão mental. Fica bastante frustrado e pode se tornar destrutivo, chegando ao ponto da autodestruição. Ele fica com raiva de si mesmo, não gosta de si mesmo, se recrimina, sente-se infeliz. Essa sensação de Hura lembra o miasma da lepra. Um leproso é um homem que, por um golpe de má sorte, chega a uma posição (tendo contraído a doença) em que todos os seus amigos o abandonaram. Eles o odeiam, o desprezam, perderam a afeição por ele, e por mais que ele tente, ele não pode compensar e não pode voltar para onde estava antes – uma vez leproso, sempre leproso. Hura se sente como um leproso. Se sente rejeitado e desprezado sem nenhuma chance de se recuperar dessa situação. Na experimentação de Hura, os melhores sintomas foram trazidos em pessoas com histórico de lepra, e que era um remédio conhecido para a lepra. Pessoas de Hura se sentem infelizes, rejeitados, odiados, desprezados, sem qualquer esperança de recuperação. Tentam esconder sua mancha de pele ou acne ou infecção de pele e continuam olhando no espelho todos os dias para ver se está crescendo ou não. Eles fazem isso secretamente, pois não querem que outros também vejam ou percebam. Eles se sentem infelizes: “Por que eu peguei isso?” Eles acham que os outros vão descobrir sobre isso e os desprezam. Os sonhos de Hura refletem esse mesmo tema – de se sentir como um leproso, de ser um náufrago, com o desejo de fazer parte da sociedade normal, de estar entre seus amigos, e o sentimento de desesperança de sair desse processo destrutivo que é lepra.
Sonhos
• Corpo, partes cortadas de cabeças.
• Corpos mortos.
• Mutilação.
• Cabeças de corte.
• Assassinato.
• Bois – pútridos.
• Caminhar entre ruínas.
• Afogamento em água.
• Morte.
• Funerais.
• Sepulturas – colocando velas nas tumbas.
• Prisioneiro – libertação de prisioneiros.
Rubricas
• Delírio, pensa que está prestes a perder um amigo.
• Delírio, afeto perdido de amigos.
• Delírio, ela está sozinha no mundo.
• Delírio, seus amigos perderam toda a confiança nele.
• Delírio, vê pessoas mortas.
• Ilusão, deserta, abandonada.
• Ilusão, infeliz, ele é.
• Ilusão, desprezado, ele é.
• Delírio, imagina-se perdida.
• Delírio, pensa é repudiado pelos familiares.
• Desespero de recuperação.
• Desespero, religioso, de salvação.
• Mordendo as mãos.
• Mordendo a si mesmo.
• Destrutividade.
Nilo Cairo
Hura Brasiliensis
(Açacu)
Autor: Sr Nilo Cairo
Obra: Guia de Medicina Homeopática
Sinonímia:
Açacu. Pertence às Euphorbiaceae. Remédio usado na sífilis e em certas moléstias cutâneas, dartros, erupções pustulosas e oftalmias. O remédio mais eficaz na lepra.
Dose:
T. M. Na lepra, a 1.ªx ou a 2.ªx, 3.ª, 5.ª e 6.ª.