Casali
Euphrasia officinalis
Autores: V. W.D.Casali, F. M.C.Andrade, E. S.M.Duarte
Livro: Acologia de Altas Diluições
A preparação básica é feita com a planta “eufrasia”, família Scrophulariaceae. Na fitoterapia é usada externamente nas inflamações oculares e traumatismos nos olhos.
Palavra chave:
Olhos, piscação.
Tropismo Homeopático:
Mucosa conjuntiva, córnea, íris, mucosa nasal, via respiratória da cabeça.
Patogenesia
Sinais Funcionais:
Irritação com catarro das mucosas: olhos e vias respiratórias superiores. Inflamação das glândulas parótidas. Formações tipo condilomas nos genitais e no ânus.
Sinais de Exaltação
Sensações:
Ardor nos olhos, peso na testa, irritação da laringe.
Sinais Gerais:
Ofuscamento nos olhos. Presença de líquido que irrita os olhos (lágrimas irritantes). Piscar dos olhos com frequência. Pressão nos olhos. Ptose. Micção por gotejamento. Bocejos (com frequência) estando ao ar livre. Engasga (com frequência) pela manhã. Sonolência diurna. Calor no peito com suor local à noite (dormindo).
Sinais Físicos:
Dor de cabeça associada a: distúrbios da visão, líquido ou muco nos olhos e nas narinas. Coriza com tosse e expectoração. Olhos com: catarro que irrita, inchaço nas pálpebras, muco aderido à córnea, bolhas sobre a córnea. Face vermelha calorenta com lábios enrijecidos, com ou sem náuseas. Prolapso do ânus, ânus pressivo com intestino preso ou solto. Fluxo menstrual doloroso (pouco e rápido). Espasmo e retração na genitália com: distúrbios da próstata, bexiga irritada.
Generalidades:
Agrava:
Quando anoitece, em local fechado, com calor, com vento (vindos do sul), com muita luminosidade.
Melhora:
No ambiente escuro e tomando café.
Perfil (Criança):
Todos os conflitos, preocupações, ansiedades provocam disfunções nos olhos e na visão. Resfriados e infecções que surgem provocam nos olhos ardência ou outros distúrbios. O piscar dos olhos sinaliza esse conjunto de fragilidades de fundo emocional porém associado a melancolia, hipocondria, apatia e indolência.
Indicações
Quadros Comuns:
A) Olhos (4 a 7CH) – Inflamação na conjuntiva ou na córnea atingindo as pálpebras com vermelhão, ardor, lacrimejamento constante e irritante. As dores pioram na luz e no ambiente quente. Sente necessidade de piscar. Inchação nas pálpebras. Ulceração ou aglutinação das pálpebras. Ulceração da córnea.
B) Nariz (4 a 7CH) – Coriza aquosa com catarro em grande quantidade, sensação de peso na testa, piorando à noite, com espirros e dor no sínus frontal.
C) Laringe – Irritação, com tosse, piora em quarto quente, muco excessivo.
Quadros Diversos:
Mucosidade da córnea. Tracoma. Fotofobia. Conjuntivite. No começo do sarampo. Irite. Coqueluche com lacrimejamento, oftalmia com corrimento. Pestanejamento, visão embaçada com objetos minúsculos flutuando no campo da visão. Tosse que surge quando hemorroidas somem. Prostatite, condilomas anais, hemorroidas, cólicas, menstruações dolorosas com reflexos nos olhos.
Quadros Animais:
Distúrbios infecciosos dos olhos. 4D, 2CH, 3CH.
Atenção:
Vista cansada. Alergias oculares. Sequelas do uso de lentes de contacto. Ceratocone. Coqueluche diurna. No sarampo alternar com Aconitum.
Homeopatias Sucessoras:
Aconitum, Alumina, Calcarea carbonica, Conium, Lycopodium clavatum, Mercurius, Nux vomica, Phosphorus, Pulsatilla, Rhus tox, Silicea, Sulphur.
Antídotos:
Causticum, Camphora, Pulsatilla.
Duração:
7 dias.
Proximidades:
Hydrophyllum, Arsenicum album, Allium cepa, Gelsemium, Sabadilla, Kali hydroiodicum.
Dinamizações:
4CH a 7CH nos sinais físicos
6CH a 12CH nos distúrbios menstruais com reflexos nos olhos.
Outras Denominações:
Euphrasia alba, Euphrasia candida, Euphrasia pratensis, Euphrasia pusilla
Nilo Cairo
Euphrasia officinalis
Autor: Sr Nilo Cairo
Obra: Guia de Medicina Homeopática
Sínonímia:
Euphrasia alba, Euphrasia cândida, Euphrasia pratensis e Euphrasia pusilla. Pertence às Scrophulariaceae. Um dos nossos melhores remédios para as moléstias dos olhos. Tendência à acumulação de mucosidades pegajosas na córnea, fotofobia profusa e acre lacrimação, com ou sem profusa coriza branca (inverso de Allium cepa) devem sugerir o uso deste remédio. Conjuntivite catarral, simples, aguda. Começo do sarampo. Irite e tracoma (exacerbacões agudas). Sarampo, alternado com Aconitum. Coqueluche somente durante o dia, com profuso lacrimejamento. Amenorréia com oftalmia. Visão suja, que se alivia pestanejando, o que limpa os olhos. Tosse depois do desaparecimento de hemorróidas. Prostatite. Amenorréia acompanhada de sintomas catarrais. Cólicas, hemorróidas e condilomas anais. Melhora ao ar livre. Regras dolorosas.
Ponto de Weihe:
Segundo espaço intercostal esquerdo, sobre a linha axilar anterior.
Remédios que lhe seguem bem:
Acon., Alam., Calc., Con., Lycop., Merc., Nux, Phosph., Puls., Rhus, Sil. e Sulphur.
Antídotos:
Caust., Camphora e Pulsatilla.
Duração:
7 dias.
Dose:
1.ªx à 6ª
Uso externo:
É o principal remédio, em solução aquosa e em colírio, para o curativo das inflamações agudas ou crônicas dos olhos, especialmente blefarites e conjuntivites de todas as espécies; irites, queratites, úlceras e opacidades dia córnea, vista que dói ao ler, traumatismo do olho, etc. Sempre que aparecer uma inflamação dos olhos, com vermelhidão, horror à luz e grande lacrimejamento: banha-se 4 ou 5 vezes por dia com uma solução de Euphrasia. Use-se a tintura-mãe misturada com água na proporção de 1 parte de tintura para 20 de água; com esta solução banham-se demoradamente os olhos, por meio deuma bola de algodão embebida, que se mantém no lugar por meio de uma atadura, de preferência elástica. Em vez de tintura, pode-se usar a Água de Euphrasia (hidrolato) pura ou misturada com igual volume de água destilada. A Água de Euphrasia é uma excelente preparação para todos estes casos e deve ser preferida à tintura-mãe, porque não contém álcool e não irrita os olhos; pode ser usada pura ou misturada com igual parte de água.